O desejo de se organizar e fazer parte de um grupo vem de tempos imemoriais. É um instinto natural do ser humano. Foi a forma que, lá nos primórdios como dizem, da gente buscar proteção, alimento, desenvolver técnicas, conquistar territórios e evoluir em geral. É o básico, né? Um grupo organizado e que se apoia mutuamente tem mais chances de perseverar em meio aos desafios do mundo selvagem (estou falando do mundo antigo mas serve pra hoje também). E isso foi sendo desenvolvido e retratado ao longo do tempo. Do “um por todos e todos por um” até “o povo unido jamais será vencido”!
Claro que em determinado momento, isso passou a ser estudado. Esse senso de comunidade seria composto por quatro elementos, conforme descreveram os pesquisadores McMillan e Chavis, em 1986: Pertencimento, Influência, Integração e Conexão emocional. Ou seja, a necessidade do ser humano de se identificar com o outro, de empatia, de ser influenciado e influenciar positivamente (nada a ver com “influencer”, tá?) e também de compartilhar sentimentos de maneira especial.
Dando um salto no tempo, chegamos ao momento atual e a forma como a internet e as redes sociais chegaram para organizar (e revolucionar) a nossa vida em sociedade. Um espaço público e democrático de trocas mas também com os desafios do acesso digital e a legislação para crimes na internet e seus danos incalculáveis. As plataformas e seus algoritmos como reguladoras e mediadoras dessa nossa tão saudável e promissora troca de conhecimento em uma escala global. A ameaça das Fake News e da Desinformação e o poder do algoritmo orientando o que devemos buscar, ler e ver de acordo com interesses que muitas vezes se chocam com os da sociedade. Consultorias de tendências apontam cansaço da Geração Z com redes sociais e desejo por relações mais comunitárias, seja no on ou no offline.
E aí voltamos ao conceito de COMUNIDADE.
Como uma resposta a esse momento e em busca de mais liberdade e autonomia em nossas relações online, a tendencia na internet voltam a ser as comunidades. Sem a intermediação de plataformas, sites, algoritmos, quantidade de likes, interações… As Comunidades criadas e geridas por seus próprios membros, com interesses em comum e relações verdadeiras. Uma maneira de driblar os males de nosso tempo e se conectar de verdade. Com nós mesmos, com quem nos identificamos, com o outro. Conectando pessoas. E, no caso da VV, unindo aqueles que tem um desejo em comum: fazer a diferença!