O Dia Mundial Humanitário, celebrado em 19 de agosto, foi escolhido para homenagear e honrar todos os trabalhadores do campo humanitário que vieram a falecer enquanto atuavam por um mundo melhor. A data em si não foi escolhida por acaso e tem uma relação forte com o Brasil e com um personagem muito importante para a diplomacia mundial.
Esta pessoa vem a ser Sergio Vieira de Mello. O ano era 2003 e ele acabava de assumir o cargo Representante Especial do Secretário das Nações Unidas para o Iraque e tinha como missão representar a ONU no país, assim como mediar entre as partes conflitantes questões que pudessem levar paz a um país que acabava de ser afligido por uma invasão sem propósito real de mudança positiva.
A tarefa lhe foi incumbida exatamente por perceberem nele um profissional do campo humanitário capaz de intermediar debates delicados, como tinha feito no Timor Leste. Contudo, Sergio e a ONU não foram vistos assim por alguns grupos. Na visão de muitos, eles estavam lá para legitimar uma guerra sem fundamentos e pensada com objetivos específicos. Por causa disso, viraram alvos.
O ataque à sede da ONU que matou 22 duas pessoas, incluindo Vieira de Mello, aconteceu exatamente no dia 19 de agosto. A data escolhida para o Dia Mundial Humanitário tem o intuito de fazer uma reflexão não só sobre o que vem a ser o trabalho humanitário, as pessoas envolvidas nele e os perigos que muitas vezes são romantizados neste meio. A data tem a intenção de envolver pessoas de distintas origens, vivências e pensamentos para ponderar sobre formas de agir mais astuta, pragmática e responsável perante os problemas do mundo.
A ideia é realmente agir de modo sustentável, indo no centro da questão e tentar encontrar soluções para temas delicados e não de forma paliativa, fazendo com que as dificuldades e intempéries não se perpetuem, mas que realmente cheguem a um fim. Pode ser lúdico ou até ilusório, mas para trabalhar no campo humanitário é preciso juntar a dura realidade com o sonho de um mundo melhor para seguir em frente. Sempre pensando no bem comum.